Coisas de outros tempos

Depositório de imagens (e alguns textos) de coisas várias

sexta-feira, maio 13, 2005

Selos de Estados desaparecidos ou de Colónias


O Reino das Duas Sicílias incluía uma grande parte do sul da Itália, bem como a ilha com o mesmo nome, e esta designação surgiu com o rei de Nápoles Fernando IV de Bourbon, tendo capital em Nápoles. Mas a sua origem data de 1282, na sequência da guerra das Vésperas Sicilianas, quando a Sicília ficou sob o domínio da coroa de Aragão.



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A casa dos prícipes de Thurn und Taxis surgiu no século XIII, na família lombarda da Torre (Turm), que residia em Bérgamo, cujo brasão deu origem ao nome Thurn, enquanto Taxis nasceu da palavra Tasso (Dachs). Esta casa alemã teve um papel fundamental no desenvolvimento dos serviços postais europeus no século XVI, ainda existindo nos dias de hoje, tendo até dado o seu nome a uma famosa marca de cerveja, cuja produção estava ligada à família até 1996.



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A Prússia deve o seu nome a um povo báltico, relacionado com o lituano, tendo o ducado sido uma dependência do reino da Polónia até 1660, a continuado ligado a este país até 1772. Com o advento do nacionalismo germânico em finais do século XVIII e princípios do século XIX, a Prússia passou a considerar-se parte integrante da nação germânica, dominando o norte da Alemanha e tornando-se no núcleo do Império Germânico Unificado em 1871.



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A colónia do Cabo, cujo primeiro navegador a dobrá-lo por mar foi Bartolomeu Dias, em 1488, surgiu após o comerciante holandês Jan van Riebeeck ter aí estabelecido uma feitoria para a Companha das Índias Orientais Neerlandesas em 1652, mais tarde desenvolvendo-se quando aí se fixaram alguns huguenotes enviados da Holanda.

Em 1806 o Reino Unido ocupou esta parcela do território, ficando sob a sua administração após o Tratado Anglo-Holandês de 1814, até à constituição da União da África do Sul em 1910, tornando-se então na província do Cabo da Boa Esperança, ou apenas província do Cabo.



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Os Estados Papais (ou Estados da Igreja) eram um dos estados históricos da Itália até à união territorial efectuada pela casa de Sabóia, integrando o que era conhecido como o poder temporal do Papa. Foram cedidos ao papado por Pepino o Breve, após a sua vitória sobre a Lombardia, tendo Carlos Magno, em 781, estabelecido quais as regiões que se encontrariam debaixo do poder do Papa, que incluíam o ducado de Roma, Ravena, algumas partes do ducado de Benevento, a Toscana, a Córsega, a Lombardia, e algumas outras cidades, constituindo uma grande parte da Itália central no século XVIII, e ainda um ducado perto de Avinhão, no sul de França.

Na sequência das revoluções de 1848 e 1849, estes territórios ficaram muito reduzidos com a declaração da república, mas as tropas francesas e austríacas contiveram a rebelião. Em 1859, surgiram novas rebeliões nos estados papais, reduzindo-os praticamente à região do Lácio, e em 1870 foram anexados por Vitório Emanuel, tendo a capital da Itália mudado de Florença para Roma, e o Papa sido expulso do palácio do Quirinal para o Vaticano, ficando aquele palácio como residência dos reis de Itália. Só em 1920 é que a Igreja abdicou finalmente dos seus direitos territoriais, assinando o Tratado de Latrão em 1929, que criou o Estado da Cidade do Vaticano.



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quarta-feira, maio 11, 2005

Os primeiros selos portugueses


Os primeiros selos portugueses apresentavam o busto da rainha D. Maria II, de perfil, e foram colocados à venda a 1 de Julho de 1853, tendo neles inscritas as taxas de 5 e de 25 réis, sendo respectivamente castanho avermelhado e azul esverdeado. Um dia depois surgiu o selo de 100 réis, e vinte dias mais tarde o de 50 réis.

Mas antes de surgirem os selos postais já as cartas circulavam por todo o país com os portes assinalados com carimbos ou à mão, o qual era pago pelos destinatários em função do peso e da distância.

Este sistema tinha muitos inconvenientes, pelo que o primeiro selo foi criado a partir de uma decisão da Câmara dos Comuns, em Inglaterra, no ano de 1839, aparecendo neste país o mais famoso rectangulozinho de papel do mundo, que passou a ser conhecido como penny black, apresentando a efígie da rainha Vitória, impressa a preto sobre fundo branco, no valor de um penny, a partir de 1840.

Portugal foi o 45º Estado a realizar uma reforma postal, numa altura em que já tinham surgido os coleccionadores de selos, actividade que depressa se popularizou e que deu origem a uma especulação e a uma valorização desses pequenos objectos, alguns dos quais valerão hoje autênticas fortunas.

Aqui se mostram alguns dos primeiros selos portugueses, de D. Maria II a D. Pedro V e D. Luís I.



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sexta-feira, maio 06, 2005

Partituras


Nos tempos em que não havia aparelhagens domésticas em todos os lares e as grafonolas e os discos eram ainda objecto raro, para além de caro e uma modernice pegada, as meninas (e alguns meninos) aprendiam a tocar piano muitas vezes com professores e professoras que iam a casa, e que permitiam depois que se fizesse um exame do curso de piano, ou que se seguisse mesmo para um curso superior de piano, muitas e muitas vezes à custa dos ouvidos dos vizinhos, prática aliás infelizmente ainda hoje corrente.

Mas estimulava-se o gosto e o conhecimento pela música, sendo frequente encontrar lojas que se dedicavam à venda de partituras para piano, para além de editoras especializadas, de entre as quais valerá a pena destacar a Sassetti e Cª Editora, sediada na Rua do Carmo, em Lisboa, editora cujo nome teve origem numa família italiana, e que acabou por envolver-se também em edições discográficas.

Aqui se divulgam algumas dessas partituras, de entre as quais a referente às músicas de Raul Portela e Raul Ferrão, do filme A Canção de Lisboa, de Cotinelli Telmo.



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terça-feira, maio 03, 2005

Viagens 1


Viajar foi sempre uma das sinas dos portugueses, pelo menos desde que se viraram para o mar e se lançaram a descobrir novas terras e novas gentes, nem sempre com os melhores dos propósitos, diga-se de passagem, mas isso são assuntos da história, tendo essas viagens dado até origem a uma nova forma de literatura, muito antes dos tempos actuais em que andamos às cotovelas com outros turistas e nos vemos inundados por milhões de guias de viagens, revistas e revistas, suplementos de jornais, páginas na Internet, para todos os gostos e feitos, para já não falar do tamanho das bolsas.

Noutros tempos viajava-se com maiores vagares, e dos sítios visitados trazia-se, à falta de livros cheios de cores e recheados de texto que agora não se traz mas que se leva para lá, colecções de postais dos países e cidades, para mostrar a parentes e amigos, e como recordação dessas andanças.

As ilustrações aqui apresentadas referem-se a alguns desses caderninhos de postais, alguns deles encadernados em capa rija, colorida e com relevo, que datarão, na sua maioria, provavelmente dos anos vinte do século há pouco findo.




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domingo, maio 01, 2005

Revistas de cinema 2


Já aqui antes me referi a uma revista de cinema, a Imagem, mas as revistas sobre a sétima arte foram sobretudo obra de amadores ou em grande parte editadas por cineclubes, um dos meios de divulgação do cinema entre nós, onde era possível ver-se obras que não eram consideradas comerciais e por isso não passavam nos cinemas, ou até alguns filmes sem intervenção da censura, no período anterior ao 25 de Abril de 1974.

Daí que não seja estranho que tenha havido revistas editadas em Rio Maior, pela mão de um apaixonado do cinema como foi Fernando Duarte, a Visor e a Celulóide. A primeira teve o seu primeiro número publicado a 25 de Abril de 1953 e o último (?), o número 33, a 15 de Agosto de 1956, enquanto que Celulóide teve uma vida muito mais longa, já que o número 1 data de Dezembro de 1957 e o último, o 370, data de Março de 1986.



Capa da revista Visor nº 1 * Image hosted by Photobucket.com

Ficha Técnica e Editorial da Visor nº 1 * Image hosted by Photobucket.com

Capa do nº 3 da revista Celulóide, de fevereiro de 1958 * Image hosted by Photobucket.com



Após a revolução de Abril o mercado abriu-se muito mais ao cinema, e surgiram diversas publicações dedicadas a esta temática, de que vou aqui destacar a revista Cineclube, editada pelo Cineclube do Porto, cujo primeiro número data de 1974, e o último, segundo sei, o 30-31, de Dezembro de 1981; a Sinopse era propriedade da Empresa Cinematográfica do teatro Virgínia, de Torres Novas, e o seu número 1 foi publicado em Maio de 1974, e o último de que tenho conhecimento, o nº 11, data de Janeiro/Fevereiro/Março de 1979.



Capa do nº 2 de Cineclube, de Fevereiro de 1975 * Image hosted by Photobucket.com

Capa do nº 1 de Sinopse, de Maio de 1974 * Image hosted by Photobucket.com

Ficha Técnica e Editorial do nº 1 de Sinopse * Image hosted by Photobucket.com



Por fim, refiro ainda a revista Isto é Cinema, uma publicação já com pretensões comerciais, dirigida por Lauro António e propriedade de Diagrama - Centro de Estatística e Análise de Mercado, Ldª, que publicou 20 números, sendo o primeiro datado de 27 de Janeiro de 1978 e o último de 9 de Junho do mesmo ano, tratando-se de uma publicação semanal.



Capa do primeiro número de Isto é Cinema, de 27 de Janeiro de 1978 * Image hosted by Photobucket.com



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